A Administração do Porto de Lisboa (APL) e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) celebraram hoje um protocolo que irá permitir reduzir a erosão costeira das praias urbanas da Costa de Caparica e da praia de S. João da Caparica. O protocolo assegura a alimentação artificial das praias com recurso a sedimentos extraídos no âmbito de dragagens, permitindo a proteção do litoral contra os efeitos da erosão costeira.

A assinatura do protocolo, pelo presidente da APL, Carlos Correia e pelo Vice-Presidente da APA, José Pimenta Machado, decorreu ao início da tarde, no Posto de Turismo da Costa da Caparica e foi acompanhada por Inês de Medeiros, Presidente da Câmara Municipal de Almada, e por Maria da Graça Carvalho, Ministra do Ambiente e Energia.

Carlos Correia, presidente da APL, afirmou: «As dragagens são um serviço de interesse público essencial para a segurança da navegação no estuário do Tejo e a operabilidade do porto de Lisboa. Sabemos que os sedimentos são um recurso natural valioso, que deve ser valorizado e reutilizado de forma sustentável na minimização dos efeitos da erosão costeira, como é o caso da alimentação das praias, para proteção dos valores ambientais, das populações e dos seus bens. Este Protocolo vai ao encontro da estratégia que tem vindo a ser implementada no Porto de Lisboa de uma crescente sustentabilidade das atividades portuárias, particularmente na circularidade da utilização dos recursos contribuindo para a economia circular.

Inês de Medeiros, presidente da CM de Almada, disse, a propósito, que «a recarga artificial de um milhão de metros cúbicos de areia, no próximo ano, numa intervenção que rondará os nove milhões de euros, é fundamental, não apenas para assegurar a qualidade das nossas praias, mas sobretudo para proteger de forma sustentável a nossa costa, como foi tão bem demonstrado na apresentação»

Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia, destacou que «essas areias, que serão retiradas do canal da barra do porto de Lisboa e colocadas nas praias de S. João da Caparica e de Costa de Caparica, são de extrema importância para toda esta zona. Um projeto em que todos ficam a ganhar!»

A alimentação artificial de praias na Costa de Caparica é uma obra de proteção costeira e tem como objetivo a proteção de pessoas e bens através da melhoria da proteção da costa contra o desgaste e destruição provocados pela ação dos agentes hidráulicos de erosão.

Com a implementação desta operação, consegue-se que a zona de rebentação da ondulação fique mais afastada da linha de costa, evitando, também, o recuo da linha de costa e a consequente perda de território em termos de área.

O evento, que decorreu no âmbito da visita que a Ministra do Ambiente e Energia está a fazer às praias do litoral, para assinalar a Época Balnear de 2024, foi concluído com uma visita aos projetos realizados no âmbito da recarga de areias, na Costa da Caparica.