Porto de Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa e Fundação Champalimaud concretizam projeto OCEAN CAMPUS

Com o projeto Ocean Campus, nasce um espaço de inovação e empreendedorismo, que junta na área de jurisdição do Porto de Lisboa, um Cluster de atividades ligadas à economia azul e ao mar assente nos pilares do Conhecimento, Economia, Investigação e Qualidade de Vida, um espaço aberto a todos os cidadãos que privilegiará soluções ambientalmente sustentáveis e de mobilidade suave.

Este plano tem o seu pontapé de saída no espaço envolvente da Doca de Pedrouços em Lisboa, com a instalação de dois edifícios de referência, um associado à Fundação Champalimaud e o outro à Camara Municipal de Lisboa, envolvendo um investimento inicial de 70 milhões de euros.

O Ocean Campus preconiza a requalificação da frente ribeirinha ocidental, num total de 64 hectares, abrangendo os concelhos de Lisboa e Oeiras, prevendo-se um investimento que rondará os 300 milhões de euros, maioritariamente privado, com a criação de espaços multifuncionais ambientalmente sustentáveis, unidades de ensino, desenvolvimento tecnológico, inovação e investigação qualificada, de que são exemplos, hoje, as parcerias com a Câmara Municipal de Lisboa e com a Fundação Champalimaud.

A economia de base marítima e o crescimento azul estão inevitavelmente ligados a instalações e infraestruturas localizadas em terra, que deverão estar preferencialmente localizadas em zonas de interface terra-água, como os portos. Os portos são, portanto, atores chave na economia azul, embora muitas vezes de forma impercetível.
 
O Plano Estratégico do Ocean Campus, de Pedrouços ao Jamor, pretende posicionar o porto de Lisboa como potenciador do crescimento azul em Portugal, implantando, aqui, um verdadeiro cluster da economia azul através da criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento de sinergias e infraestruturas partilhadas.
 
Este plano, desenvolvido pelo atelier do Arquiteto Falcão de Campus em estreita ligação com a APL e com os municípios de Lisboa e de Oeiras, e que será objeto de uma Avaliação Ambiental Estratégica, visa reunir no mesmo espaço de forma inovadora, diferentes stakeholders da economia azul, proporcionando a instalação de uma rede de unidades de investigação, ensino e desenvolvimento tecnológico, e, simultaneamente, proceder à reabilitação e requalificação de uma área na zona ribeirinha, que se estende entre Pedrouços e a Cruz Quebrada.

A intenção é criar um espaço de referência internacional nos domínios das ciências marítimas e marinhas e na economia azul, recuperando também a ligação da terra com o mar e devolvendo este espaço aos cidadãos.

A proposta de plano, cujo núcleo principal se localiza num extenso aterro portuário parcialmente desocupado, correspondente à Doca de Pedrouços e sua envolvente, pretende consolidar uma área urbana que se encontra expectante desde o encerramento da lota da Docapesca, mas onde se encontram já localizadas algumas instituições e empresas cuja esfera de atividade se centra na temática do mar.

Nesta zona pretende-se implantar a maior parte do cluster dedicado ao mar, gerando uma nova centralidade associada à investigação, ensino e desenvolvimento tecnológico, traduzindo-se em instituições públicas associadas ao mar, laboratórios de investigação, startups, alojamento para investigadores e uma marina, criando as condições adequadas para a instalação de uma marina.

Na zona atualmente conhecida como Passeio Marítimo de Algés, e que se estende até ao Rio Jamor, pretendem-se criar espaços públicos que complementem e requalifiquem as áreas edificadas do Dafundo e Cruz Quebrada não apenas como consolidação da intervenção na frente marítima desde a zona de Algés, mas principalmente como oportunidade expandir este campus.  Junto ao Jamor, e como remate do espaço verde proposto, destaca-se um edifício notável destinado a uma unidade hoteleira, reforçando o apoio a toda a área desportiva existente no Parque Urbano do Jamor, e a criação de uma nova marina associada à requalificação da praia da Cruz Quebrada.