Ocean Campus

17 Dezembro, 2021

Comunicados de imprensa

Porto de Lisboa, Fundação Gulbenkian e Fundação Champalimaud concretizam projeto Ocean Campus

A APL – Administração do Porto de Lisboa deu hoje [17 dez] mais um passo na concretização do Ocean Campus, com a assinatura de dois contratos de concessão, entre a APL e a Fundação Calouste Gulbenkian, e entre a APL e a Fundação Champalimaud.

Com o projeto Ocean Campus, nasce um espaço de inovação e empreendedorismo, que junta na área de jurisdição do Porto de Lisboa, um Cluster de atividades ligadas à economia azul e ao mar assente nos pilares do Conhecimento, Economia, Investigação e Vida, um espaço aberto a todos os cidadãos que privilegiará soluções ambientalmente sustentáveis e de mobilidade suave.

Os dois contratos de concessão envolvem um investimento inicial de 70 milhões de euros, tendo sido assinados por José Castel-Branco e Ricardo Medeiros, Vogais do Conselho de Administração da APL, por Leonor Beleza e João Silveira Botelho, Presidente e vice Presidente do Conselho de Administração da Fundação Champalimaud, e por Isabel Mota e José Neves Adelino, Presidente e Membro do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian.

Na cerimónia, presidida pelo Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, foi destacado o objetivo estratégico do Ocean Campus, para criação de um espaço de excelência no contexto internacional no que respeita ao conhecimento científico associado ao desenvolvimento no domínio da Inteligência Artificial, às Ciências Marítimas e Marinhas e à Economia Azul, potenciando um cluster de desenvolvimento associado ao mar, através de uma rede de unidades de investigação, ensino e desenvolvimento tecnológico, cujo objetivo principal é gerar inovação e investigação altamente qualificada e disruptiva.

José Castel-Branco, Vogal do Conselho de Administração da APL, recordou a propósito que «o Ocean Campus prevê a requalificação de um total de 64 hectares, em Lisboa e Oeiras, junto ao Tejo, com o investimento de 300 milhões de euros, maioritariamente privado, na criação de espaços multifuncionais e ambientalmente sustentáveis, unidades de ensino, desenvolvimento tecnológico, inovação e investigação qualificada, de que são exemplos, hoje, estas parcerias assinadas com as fundações Champalimaud e Gulbenkian, a que felicitamos pelas respetivas iniciativas e a quem formulamos os maiores sucessos para os seus projetos de investimento!».

O espaço da concessão da Fundação Champalimaud destina-se à criação de um centro avançado para o desenvolvimento de Inteligência Artificial, juntamente com uma Incubadora Científica, que inclui uma central de computação e armazenamento de dados, laboratórios experimentais, instalações para desenvolvimento de hardware, espaços para cursos avançados de formação, áreas para startups e zonas para parcerias comerciais, de serviços ou industriais.

Para a Fundação Champalimaud “a criação do Centro funcionará tendo por base a Inteligência Artificial e a sua aplicação ao serviço de objetivos científicos até agora inexplorados. Este Centro constituirá um desafio que se projeta para além da comunidade científica da Fundação”.

Por seu lado, o espaço da concessão da Fundação Gulbenkian vai realocar algumas atividades do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), criando um Centro de investigação dos efeitos das alterações ambientais na Saúde Humana e nos Ecossistemas.  O novo espaço permitirá criar um novo polo científico de investigação focado na forma como os seres humanos estão a ser afetados pelas alterações no meio ambiente em permanente mudança. O projeto focar-se-á, por exemplo, nos fatores que controlam a nossa relação com os micróbios ao longo do tempo – sejam bactérias boas que vivem dentro de nós ou organismos infeciosos como os vírus – utilizando tecnologias experimentais avançadas, além de abordagens quantitativas, digitais e teóricas inovadoras.

“Queremos ter em Portugal um centro de investigação que nos permita compreender de que forma o nosso organismo se relaciona com o Ambiente e como as alterações ambientais estão a condicionar e a ameaçar a saúde de cada Ser Humano. O novo centro de investigação, do Instituto Gulbenkian de Ciência, será um projeto único a nível europeu”, afirma Isabel Mota, Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian. 

Os dois contratos de concessão são relativos a dois espaços, com áreas de implantação de aproximadamente 7.000 metros quadrados cada, ambos situados junto à Doca de Pedrouços, na zona de Belém/Algés.

Houve ainda oportunidade para anunciar a reabilitação da Doca de Pedrouços, com vista à sua abertura em breve, tendo já sido lançado o concurso público para a empreitada.
 

https://www.portodelisboa.pt/ocean-campus

 

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